sábado, 1 de março de 2014

A autópsia de Hoffman confirma que ele morreu de overdose

Philip Seymour Hoffman

A autópsia de Hoffman confirma 

que ele morreu de overdose

A morte foi acidental e aconteceu depois de uma intoxicação aguda pelo consumo de várias drogas, entre elas, heroína e cocaína



Philipp Seymour Hoffman no Festival de Veneza em 2012. / MAX ROSSI (REUTERS)
Philip Seymour Hoffman morreu de uma sobredose depois de consumir várias drogas, entre elas, cocaína, heroína, benzodiacepinas (antidepresivos) e anfetaminas. Assim o confirmou nesta sexta-feira o Centro Médico Forense de Nova York. A morte foi acidental e deveu-se a uma intoxicação aguda por ingerir estas substâncias juntas, segundo acrescentam as autoridades, informa AP. Por enquanto, não foram dados mais detalhes.
Hoffman, de 46 anos, foi achado morto em seu apartamento de West Village (Manhattan) no último dia 2 de fevereiro com uma seringa no braço. Além disso, a polícia encontrou pacotes com heroína e receitas de narcóticos em sua casa. Depois destes achados, a policial já suspeitava que a causa da morte do ator poderia ser uma overdose. A primeira autópsia realizada não foi conclusiva.
No dia de sua morte, o ator tinha que buscar seus três filhos, mas não apareceu. David Katz, ator e amigo, foi quem o encontrou. Hoffman vestia uma camiseta, calças curtas e tinha seus óculos na cabeça. Embora sua morte tenha sido inesperada, era sabido que o ator passava por um mau momento pessoal em maio de 2013, quando voltou a consumir substâncias, sobretudo heroína.
O ator já tinha problemas do tipo em sua época de universitário -o que foi reconhecido no programa da CBS, 60 minutos, em 2006-. Estava havia 23 anos sóbrio até a recaída do ano passado, na qual teve que ser internado em um centro de desintoxicação para tratar o vício. Hoffman voltou a reconhecer sua recaída durante uma entrevista.
A trágica morte de Hoffman coincide com um aumento no consumo de heroína nos EUA, que o Governo chegou a definir como epidemia. O estudo sobre Abuso de Drogas e Saúde (NSDUH), elaborado pelo Departamento de Abuso de Drogas e Saúde Mental (SAMHSA), nas siglas em inglês) concluiu que 669.000 norte-americanos consumiram heroína pelo menos uma vez em 2012 (80% a mais que em 2007). Entre os anos 2006 e 2010 morreram por causa da droga 3.038 pessoas, explicaron fontes do SAMHSA, que pertenece ao Departamento de Saúde dos EUA.
Hoffman, com mais de 20 anos de carreira, era considerado um dos atores atuais mais brilhantes. Ganhador do Oscar por Capote, candidato mais três vezes, também teve uma frutífera carreira no teatro: competiu duas vezes pelos Tony. O ator foi enterrado em Manhattan o passado 7 de fevereiro.
Entre os amigos que se despediram publicamente do ator esteve Aaron Sorkin. O fez mediante um obituario na revista Time. Em seu texto, o roteirista desvelou uma frase profética que Hoffman deixou como legado. "Se alguma vez um de nós morrer de overdose, seguramente, 10 pessoas ganharão nesse dia", disse o ator ao diretor em uma ocasião. "Queria dizer que nossas mortes seriam notícia —como aconteceu— e que, talvez, alguém se assustaria e iria de imediato à reabilitação", continuou o texto de Sorkin.
A autópsia confirma que Hoffman morreu da mesma maneira que o ator de Glee, Cory Monteith, de 31 anos, em Vancouver o passado outubro. Entre outros, também se relacionaram com o abuso de substâncias, as mortes do ator australiano Heath Ledger em 2008 e o da cantora Whitney Houston em 2012.







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